domingo, 20 de dezembro de 2020

MUITAS PERGUNTAS


Quando eu devia ter certezas, tenho dúvidas. Onde eu devia achar direção, vejo encruzilhadas. Na hora em que eu preciso de um destino, o mapa está de cabeça para baixo. No momento em que quero um Norte, me dão a Rosa dos Ventos. No instante em que eu preciso de uma orientação sensata de um órgão internacional credível, aparece a OMS.

Foram nove meses de um espetáculo inédito na História. Um planeta inteiro perdido, desorientado, desnorteado, entontecido. E, naturalmente, amedrontado.

O COVID-19 veio nos mostrar quão fracos somos. Quão ovelhas e muares somos. Quão fáceis de emprenhar pelo ouvido somos. E quão facilmente nos desvestimos de nossa apregoada, e suposta, superioridade sobre as outras espécies. Homo sapiens, sei...

Nove meses passados, e não sabemos nada. Vivemos num mundo de achismos, teorias, contradições. De oportunismos, politicagens, egocentrismos, patranhas. Toda a Humanidade refém de um conto de terror, e ninguém diz coisa com coisa.

E, para jogar mais lenha nessa fogueira e aumentar a fumaça que nos cega, aí vem a vacina. Ou melhor, aí vem mais uma controvérsia, mais uma batalha de disses e me disses para exacerbar nosso medo e a nossa confusão.

Perguntas? Sim, eu as tenho, num ponto da minha vida em que já devia ter todas as respostas na ponta da língua.

Há ou não uma pandemia? Estatisticamente, mesmo adotando os números de infecções e mortes fortemente inflados pela mídia e pelas autoridades, o COVID apresenta um grau de contágio igual a qualquer outra virose e uma taxa de letalidade muito menor.

Se tecnicamente não é uma pandemia, é necessário atropelar todos os protocolos exigidos para se fabricar uma vacina sob o discutível argumento de que há uma situação emergencial?

Como tornar obrigatória uma vacina que não passou pelas fases mais importantes do desenvolvimento de medicamentos semelhantes, e adotado desde que o mundo é mundo, que é o teste em animais?

Se é sabido que há, nem que seja minimamente, o risco de distúrbios colaterais, até de longo prazo, na aplicação das vacinas, por que fazê-la em fatias etárias da população nas quais a incidência da doença causada pelo vírus e a probabilidade de óbito é moderada, pequena ou quase nula?

Por outro lado, se a vacina é absolutamente segura, porque alguns laboratórios estão exigindo uma declaração de isenção de responsabilidade de quem a recebe?

A vacina de maior grau de confiabilidade garante imunização de 95%. Se aplicada a todos os brasileiros, ainda 10 milhões (5% de 200 milhões) ficariam desprotegidos e expostos ao COVID. Após nove meses, o número acumulado de casos de coronavírus no Brasil é de 6,5 milhões. Faz isto algum sentido?

Tenho procurado me afastar do noticiário. Eles só me trazem dúvidas. E o que eu preciso é de respostas...

Oswaldo Pereira

Dezembro 2020

8 comentários:

  1. Que razón tienes Oswaldo!!!
    Fuerte abrazo, Gianna

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  2. Quer uma dica ? Siga sua intuição, acate sua vontade. As respostas começam a desaparecer na vida da gente lá pelos 5 anos, a idade dos "porques". A cultura; assim como o capitalismo, capotou... e o melhor disso é que podemos viver sem esse aparato obsoleto, que se acredita absoluto.

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    1. Dica perfeita! E que tão verdadeiro dizer que, depois dos olhos arregalados de deslumbramento da infância, só nos restam dúvidas...

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  3. Desta vez, amigo, estamos em lados opostos. Não há dúvida de que é uma pandemia, e a vacina, assim que vier, eu e toda minha família tomaremos! E achamos que quem se recusa a tomar está jogando contra a humanidade. Mas isso é só o que eu acho...

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    1. Caríssimo Homerix, gostaria de confiar tanto quanto você. Apavorado e no grupo de risco, eu vou tomar, sim. Qualquer efeito danoso a longo prazo, para mim aos 80 anos não me preocupa. Mas, temo pelos que têm ainda uma vida pela frente e para os quais o COVID não é uma ameaça. Mas, isto é também o que eu acho...

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  4. outra dica.esta rolando por aí que o farmaco Ivermectina de 6ml, indicado para afastar piolhos, está sendo utilizado tb para evitar q o covid se instale.Lenda ou ciência, convem investigar.

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    1. Já investiguei e já tomei. Se vc comparar as estatísticas de infecção e morte pelo COVID dos países ditos civilizados com a África, ficará espantado. A incidência do coronavirus nos países africanos é mínima. Sabe por que? Por que lá a ivermectina é ministrada há décadas...

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