terça-feira, 9 de junho de 2020

O NOVO NORMAL



O Novo Normal será o nosso futuro, pelo menos até o raiar de 2021 e a descoberta da vacina.

Antes disso, apesar da amenização do confinamento e do gradual retorno às ruas, às praias, ao lazer e ao trabalho, ainda será cedo para cantarmos a vitória final sobre o COVID. Para os que fazem parte do grupo dos velhinhos, como eu, sair da toca será ainda mais complicado. Novo Normal? Bem, vai passar um bom tempo de distanciamento social até que nós lá cheguemos. Bela sina!

Tendo por certo que, atualmente, pouquíssimos sobreviventes da Gripe Espanhola ainda estão por aí, o que 2020 nos regalou é uma experiência única. Embora, até o momento, a presente pandemia apresente números menos trágicos do que a Gripe Asiática (da qual este modesto escriba é um sobrevivente), por exemplo, nunca as gerações atuais experimentaram a globalização de um fenômeno de saúde pública tão abrangente. Um mundo inteiro de máscaras, nem mesmo o mais delirante ficcionista chegou a elucubrar.

Assim, pelo menos até os alvores do próximo ano, teremos uma humanidade adaptando-se a um modus vivendi inédito e cheio de cuidados. As regras estabelecidas para o funcionamento de escritórios, escolas, lojas, restaurantes, aeroportos, voos comerciais, estádios, teatros e cinemas, para citar apenas algumas atividades onde é inevitável a aglomeração de pessoas, formalizam uma etiqueta nunca dantes praticada.

Tenho assistido a reportagens mostrando as recomendações exigidas da restauração para poder abrir suas portas. Parece uma dança na ponta dos pés, um minueto de precauções que transformam o singelo ato de sentar-se à mesa e degustar uma iguaria num protocolo kafkiano. Será que vale a pena?

Mas, aí está mais uma prova da característica que assegurou nossa permanência no topo das espécies, das cavernas até o século XXI. A Adaptabilidade. Sempre demos, damos e daremos uma solução qualquer para superarmos uma adversidade, uma ameaça, uma tormenta.

Viveremos o Novo Normal. O Novíssimo Normal. O pós Novíssimo Normal. E, quando um dia clarear no ano que vem, fecharemos mais este capítulo da nossa crônica. E esperaremos pelo próximo desafio.

Oswaldo Pereira
Junho 2020

8 comentários:

  1. e tem mais, esse protocolo causa taquicardia, falta de ar, irritabilidade, medo,descontrole involuntario, intolerância, deve baixar a imunidade. enfim é o perigo maior: tentar se proteger.

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    1. Certíssimo! O pior da pandemia é o terror espalhado pelos nossos meios de "comunicação"...

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  2. O que estamos vivenciando fez-me lembrar de uma conhecida charada que tomo a liberdade de alterar. Se o ontem fosse hoje, não estaria preocupado com o amanhã. Infelizmente...

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  3. E ainda chamam de NORMAL.Poderia se chamar Novas Normas,Novas Regras de convivio, mas Normal?
    A idiotice humana continuará existindo para sempre basta ver a frase idiota que criaram.Novo Normal A paranoia, o terror e o medo instalado continuará e as pessoas ficarão mais distantes, mais amedrontadas e mais desconfiadas.
    E vamos ver o que virá a mais pela frente.
    Enfim quem viver verá.
    Bjs Zezé

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    1. E uma OMS enlouquecida não ajuda nada. Ou são um bando de idiotas incompetentes ou estão comprometidos com alguma agenda.

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  4. Será que todos os milhares de médicos que compõe a OMS no mundo todo estão numa mesma conspiração para nos enganar. Os mesmos médicos que até hoje fizeram trabalho brilhante em outras epidemias?

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    1. Os milhares de médicos da ONU fazem uma obra magnífica de abnegação e heroísmo. Mas eles não participam das decisões do órgão. Estas são tomadas por uma cúpula de tecnocratas que, até agora, meteu os pés pelas mãos mais vezes do que seria aceitável.

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