Segundo
anunciam, agora só daqui a 18 meses. Ou mais. A próxima e última temporada da
mais festejada série de televisão de todos os tempos só acontecerá em 2019. Spoilers, teorias, apostas, adivinhações
e uma grande ansiedade irão assombrar os seus fiéis seguidores por um ano e
meio à frente, sem tréguas. E eu sou um deles...
Mas,
por enquanto, ainda se ouvem os ecos do Sétimo Capítulo, cujo episódio de
encerramento foi levado a quase duzentos países no passado domingo. Já é o
segundo que vai ao ar sem ter a linha mestra do livro que inspirou a série por
trás. George R. R. Martin, o gênio que criou o universo medieval-mítico em sua
alentada obra A Song of Ice and Fire,
parou de escrever no quinto volume, já aproveitado na produção para a telinha.
Deu um tempo e os roteiristas de Game of
Thrones tiveram de garimpar o que estava na cabeça de Martin e enxertar
suas próprias visões de futuro do conturbado e fabuloso mundo de dois grandes
continentes. Com Essos mantido nas brumas e em hold, a trama praticamente zerou seu zoom em Westeros e nos conflitos de seus sete reinos.
Seria
exagerado, e injusto, dizer que houve uma perda. A Sétima Temporada esbanjou fantásticos
efeitos especiais, afunilou a trama,
centrou seu foco nos personagens principais, desbastou narrativas supérfluas e definiu
lealdades. Fiel ao seu moto valiriano
Valar Morghulis (todos os homens
devem morrer), obliterou três grandes famílias (os Tyrell, os Martell e os
Frey), justiçou Lord Baelish e queimou pai e filho Tarly. Mas, num perceptível
abrandamento, absolveu da morte certa por afogamento tanto Jaime Lannister como
Jon Snow. Shame!, dirão alguns. Também
não sei se o plano (furado) de tentar convencer Cersei a se unir a Daenerys por
conta do white walker aprisionado a
duras penas seria digno de Tyrion Lannister em épocas anteriores.
Mas,
não me julguem mal. Por tudo e por todos, Game
of Thrones continua sendo um merecidíssimo sucesso. E continuará nos
subjugando à sua irresistível sedução durante os longos meses que faltam para o
seu aguardadíssimo final.
Por
isso mesmo, escrevi o título deste texto em Alto Valiriano.
Valar Ūmbis. Todos os homens
devem esperar...
Oswaldo Pereira
Agosto 2017
Tanto pesar pela demora na próxima temporada que vou ter que acessar o Netflix para ver a
ResponderExcluirsérie que eu considerei um pouco violenta para meu gosto. Mas.... ante vou me render...
Seus textos são sempre impecáveis... grande beijo primo.
Obrigado, querida prima. E renda-se mesmo ao GoT. Dá para fazer um intensivo até a próxima temporada...
ExcluirPerfeito!! Inclusive o plano furado de Tyrion, que, aliás, não deu uma dentro nesta série, perdeu Iron Throne, perdeu High Garden, perdeu Tyrrels, só acertou na convocação de Jon Snow. Mas, Oswaldo, estou me sentindo um merda. Li os 5 livros, adorei, mas não captei o tal continente Essos.... on foi que eu perdi o bonde??
ResponderExcluirCaríssimo Homerix,
ExcluirDon't feel like shit... O mundo imaginado por George Martin tem três continentes. Um continente a Oeste (West=Westeros), um ao Sul (South=Sothoryos) e um a Leste (East=Essos). Essos é o continente onde estão os Dothraki (e o Dothraki Sea) e as cidades de Qarth, Pentos, Braavos e Mereen. E muito maior do que Westeros e mais misterioso. Possivelmente, vai ser um prato cheio para os muitos "spinoffs" que irão certamente surgir quando a série terminar.
Você me leva a ter curiosidade , ver a série que virá. Sendo série certamente não poderei alcançar o sentido . Tentarei, falta muito tempo.
ResponderExcluirTente, vale a pena. É uma das adaptações para televisão mais bem sucedida que conheço.
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ResponderExcluirTeu comentário é excelente como a série!
A série é sensacional...e descreves com perfeição a sensação de encantamento que provocam ao assistirmos e observarmos mundo/vida/valores mostrados pelos autores!
Obrigado, Isa. Game of Thrones já tem seu lugar na história da televisão moderna. Uma bela simbiose entre uma monumental obra literária e uma magistral adaptação para a telinha.
ExcluirMaravilha, Oswaldo. Decidi rever a série no Now para recapitular a história, as inimizades, as lutas entre famílias, seus nomes etc. E cheguei à reprise da sétima temporada. Diria que adiantou um pouco... Mas estou do mesmo jeito de quando li pela primeira vez Cem anos de solidão e anotava os nomes que se repetiam a cada geração para tentar acompanhar. Você esclareceu a parte dos pontos cardiais...Um abraço.
ResponderExcluirMaravilha, Oswaldo. Decidi rever a série no Now para recapitular a história, as inimizades, as lutas entre famílias, seus nomes etc. E cheguei à reprise da sétima temporada. Diria que adiantou um pouco... Mas estou do mesmo jeito de quando li pela primeira vez Cem anos de solidão e anotava os nomes que se repetiam a cada geração para tentar acompanhar. Você esclareceu a parte dos pontos cardiais...Um abraço.
ResponderExcluirAo fim de cada volume de A Song of Ice and Fire, George Martin gastava mais de 50 páginas de apêndice para relacionar os nomes de todos, e eu repito TODOS, os integrantes de todas, e repito de novo, TODAS, as casas nobres de Westeros. Coisa de gênio alucinado...
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