Visto
de um determinado ângulo, ele tem um certo quê de Millenium Falcon, a
mítica nave de Han Solo. Mas, você não vai vê-lo. Neste exato momento, ele
paira numa órbita a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, num ponto Lagrange,
isto é, um local do espaço onde a força gravitacional de dois corpos celestes
de grande massa proporciona uma órbita estável a um corpo significativamente
menor. É o lugar ideal para satélites.
Estamos falando da maior conquista recente da astrofísica: o telescópio James Webb. Batizado em homenagem ao administrador da NASA em seu período dourado (1961-1968), o fantástico artefato é o coroamento de um trabalho que começou em 1996, quando as primeiras pesquisas sobre a exploração do universo utilizando sensores infravermelhos tiveram início. É também o fruto de um esforço conjunto da Agência Espacial Europeia (ESA), da Agência Espacial Canadense (CSA) e da própria NASA.
Com um olho de 6,5 metros de diâmetro, composto de 18 espelhos hexagonais de berílio folheados a ouro, o James Webb é capaz de detectar emissões baixíssimas de raios infravermelhos, muitas vezes abaixo do que os outros telescópios em uso, inclusive o Hubble, conseguem fazer. Seu objetivo principal é captar as imagens das primeiras galáxias e indicar condições atmosféricas de exoplanetas. Sua missão é nos mostrar o início do universo e descobrir se há mundos como o nosso.
Colocado em sua posição espacial em janeiro deste ano, as primeiras imagens do James Webb começaram a ser veiculadas anteontem. São contornos luminosos que saíram de sua origem há mais de 13 bilhões de anos. Estamos olhando para um passado quase incompreensível, para as luzes de galáxias formadas nos primeiros 180 milhões de anos após o Big Bang, o surto primordial que criou tudo o que vemos e somos. O que haverá lá agora? Não sabemos. Nunca saberemos. O presente daquelas galáxias levará outros 13 bilhões de anos para nos atingir.
E então, afinal, qual o sentido disto tudo? Para que ou para quem é montado este extraordinário espetáculo? A que serve podermos tentar entende-lo, se nunca iremos dele usufruir?
E,
além de nós, há mais gente na mesma situação? Aqui, perto de casa, já
temos quase certeza de que nem a Lua e nem Marte abrigam vida. Podemos quase
inferir também que o resto de nossa família solar não mantem civilizações em
grau mais avançado, ou já teríamos captado algum sinal. Estamos, pois, sozinhos,
como únicos hóspedes de um gigantesco hotel deserto?
Ou será tudo uma grande ilusão, um universo multifacetado navegando em planos distintos e paralelos? Ou um grande cenário fake lá colocado por alguém só para nos fazer sonhar?
É bem provável que o James Webb não nos traga qualquer resposta para estas divagações. Mas, eu adoraria que trouxesse...
Oswaldo
Pereira
Julho
2022
Parece q a intenção dos habitantes desse nosso "mundo" apesar de todas as tentativas algumas improváveis, seja sair dele ! Falácia! Pensando bem, ainda bem, posto q a julgar pelos estragos que ja causamos ao nosso planetinha, imagina pelo universo adentro ou afora (sabe Deus) quanto estrago ainda causariam com "nosso lixo".
ResponderExcluirCerto! Que praga de gafanhotos seríamos...
Excluir* causariamos
ResponderExcluirOlá Oswaldo
ResponderExcluirSemore trazendo para nos boas novas.
Realmente o que vemos hoje aconteceu a bilhões de anos lá longe..
O mais perto já sabemos que não há nada habitável.
O que nos devemos fazer com nosso planeta é conserva-lo habitável pelo menos para nos e nossos netos e bisnetos .
quem sabe que daqui a 100 anos o mais o James Webb ou um super up grade
capte sinais do que estamos procurando.
Att.
Emilio Gonzalo .
Tomara que seja antes, caro Almirante...
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