Se você
pronunciar estas duas palavras e o rosto do seu interlocutor se transformar num
ponto de interrogação, você saberá com certeza que ele nunca ouviu falar da
série. Se você as disser a uma outra pessoa e ela arregalar os olhos e balançar
a cabeça afirmativamente, concluirá que ela já deve ter assistido a alguns
capítulos na TV. Mas, se seu parceiro de conversa semicerrar os olhos em
profunda deferência e responder, com um enigmático sorriso nos lábios, “valar dohaeris”, você terá identificado
imediatamente um membro da planetária legião de seguidores fervorosos do maior
fenômeno televisivo de todos os tempos – Game
of Thrones, a milionária produção da Home
Box Office (HBO). São milhões.
As duas
pequenas frases que, no idioma fictício conhecido como Alto Valiriano querem
dizer, respectivamente, todos os homens
devem morrer e todos os homens devem
servir, exprimem a gênese filosófica da história, na qual nenhum
personagem, por mais carismático que seja, está a salvo de morrer a qualquer
momento. Não há ibope que os
proteja...
Alto
Valiriano é apenas uma das línguas criadas exclusivamente para a série por
linguistas e filólogos. Outra, da qual já existe até um dicionário e uma
gramática, é o Dothraki, falado por uma
tribo de cavaleiros selvagens que habita as terras do leste, no mundo ficcional
imaginado por George R. R. Martin em sua alentada obra A Song of Ice and Fire (Uma Canção de Gelo e Fogo) e levada para a telinha pelos roteiristas-produtores David Benioff e Daniel Brett Weiss. Já
comentei sobre a série em meu post “A Ação do Tempo”, escrito em agosto de
2014 e cujo link para quem quiser
lê-lo está abaixo.
ALGUNS DOS PERSONAGENS |
O "MUNDO" CRIADO POR GEORGE R. R. MARTIN |
No passado
dia 12, Game of Thrones estreou sua
quinta temporada, num lançamento simultâneo para 193 países (o Mundo tem
atualmente 204 nações reconhecidas). Serão mais dez episódios, baseados nos
volumes quarto e quinto do livro de Martin. O autor trabalha atualmente no
sexto. A saga escrita terá, no total, sete. Assim, ainda há muito para
acontecer e muitas temporadas pela frente, garantidas por um sucesso que não
para de crescer e que abastece uma indústria de vídeo games, animações, roupas, objetos e centenas de fã-clubes. E
até o turismo. As regiões que estão servindo de locação para as filmagens, como
Dubrovnik, na Croácia, a ilha de Malta e Sevilha, têm experimentado um significativo
aumento de visitantes, desejosos de palmilhar os mesmos caminhos de seus personagens
favoritos e imaginar que estão em Westeros
ou em alguma das Cidades Livres. Enquanto isso, os retardatários que só agora descobriram a magia da história fazem maratonas para ver as temporadas já exibidas.
Já deu para
perceber que sou um entusiasmado seguidor. Além de acompanhar com religiosa fidelidade a produção da TV, estou lendo A Song of Ice and Fire. E posso informar
que, apesar da adaptação televisiva ser extraordinária, o livro ainda é melhor.
O “bruxo” Martin é realmente um gênio.
O LIVRO |
Então, para
todos aqueles fluentes em Dothraki: Hajas! Dothras check (literalmente,
no idioma dos cavaleiros guerreiros, Seja
forte! Cavalgue bem, e que corresponde ao nosso coloquial até logo e um bom dia...)
Oswaldo Pereira
Abril 2015
Virei fã de carteirinha.......maratona para ver todos os capítulos atrasados.....valeu...narração e ritmo muito bom e principalmente direção de arte e fotografia excelentes....
ResponderExcluirMais uma convertida...
ExcluirIncluo-me na categoria "?" !!! Adorei seu primeiro parágrafo!!
ResponderExcluirVai ser difícil eu me converter,apesar de seu brilhante texto convocatório.
Experimente dar uma olhada...
ExcluirConfesso que ja vi essa série anunciada, ouvi elogios sobre ela, mas nunca vi e não sei nada sobre a mesma. Depois de ler seu blog fiquei curiosa ... e vou deixar, quem sabe, o Douglas Kennedy de lado para me interessar pelo Game ... talvez va mesmo me interessar em aprender um pouco de Alto Valiriano ... que seja !
ResponderExcluirFifi
Fifi
Um ano depois, eu era um fã inveterado...
ResponderExcluirJá converti vários....
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