Em cinco de fevereiro de 2013, numa tarde de inverno
português, com a chuva fina lá fora servindo de música de fundo, cometi este blog. Sete anos passados,
continuo perpetrando este pecado quase semanal de escrever, lançando
aos ventos da Web os volteios da minha pena virtual. Sete anos... O caminhar do
tempo, que na minha infância e juventude parecia arrastar-se, vem adquirindo
uma espantosa velocidade nestes meus anos de outono. Há alguns, escrevi este pequeno
poemeto. Repito-o aqui para celebrar a data. E agradecer a todos que, com
infinita paciência, perderam o seu tempo
visitando estas páginas.
Janela
aberta
Vento
,
Horizonte,
mar sem fim
Jogo
minha alma ao espaço
O
passado não me serve mais
Suas
fábulas mofadas
Seus
conselhos antigos
Validade
vencida de sonhos queridos
Esperanças
travadas na garganta
Ânsia
inútil, sem sentido
Lições
de abismo
Imprestáveis
O
tempo não mais importa
Antes,
depois, durante
Nada
conta
Nada
soma
Nem
subtrai
O
futuro deixa de sê-lo a cada segundo
Não
cumpre promessas
Transforma-se
em passado sem remorsos
E ri
dos nossos sonhos, nossas quimeras
E o
que temos é isto
Só
isto
Um
Presente que se esvai no caminhar dos ponteiros
Que
de repente é hoje e daqui a pouco não é mais
Um
aceno perdido
Um
sorriso diluído
Um
grito que não mais ecoa
Só
resta a janela
A
visão do infinito
O
sol que agoniza
A
gaivota que voa
Minha
vida nela
Só
resta o momento,
E o
vento...
Muito Obrigado a todos.
Oswaldo
Pereira
Fevereiro
2020
... e vc acha pouco, estar à contemplar esse movimento !
ResponderExcluire ainda dispor de um poema para explorar os abismos ? Ora pois !
Na verdade, poco não é. Mas, é do ser humano sempre querer mais...
ExcluirPara escritores esse
ResponderExcluir"sempre mais" estará sempre disponível.��
Como assim agradecer????? Nós, teus leitores, .é que agradecemos.
ResponderExcluirObrigadíssimo Tetê. São vocês que fazem este blog resistir...
ExcluirConmovedor, no tengo palabras. Solo gracias. Baci
ResponderExcluirGrazie, cara. Sei sempre qui, e questo mi fa continuare ad escrivere.
ExcluirMeu caro Oswaldo, o agradecimento é nosso pelos bons momentos que seus textos nos proporcionam. E não pare de escrever. Grande abraço e parabéns por esses 7 anos de belos textos.
ResponderExcluirCaro colega e amigo,
ExcluirEscrever é um vício. Mas, se este vício proporciona prazer e suscita reconhecimento, deixa de ser vício e passa a ser bênção.
7 anos. Celebre-os prazerosamente e estenda-os. Estenda-os, pois egoistamente preciso de bons textos que me abram apercepções.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirObrigadíssimo pelo gentil incentivo.
ExcluirSuas palavras é que são as flores, mais que celebradas, deste lindo buquê do seu gentil comentário. Obrigadíssimo.
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