Fica difícil não falar de Trump. Também
fica quase impossível não falar de Eike. Um cabeça-quente na Casa Branca. Um
cabeça raspada em Bangu 9.
Suas atuais “residências” são apoiadas
pela Lei. Trump pela lei eleitoral que permite a um perdedor no voto popular
levar o prêmio. Eike pela lei penal que o apanhou com a boca numa botija de US$
16 milhões. Estão onde devem estar. O problema é: por quanto tempo?
A resposta para o primeiro caso é fácil.
Pelo menos, quatro anos. A não ser que renuncie. Agora, cá prá nós, você consegue acreditar nisto? Um auto idólatra teimoso, um
messiânico arrogante da sua estirpe? Difícil, né?
Impeachment? Bem, é uma
invenção americana. Foi Alexander Hamilton, um dos patriarcas da Independência,
que inseriu a figura na Constituição. Mas, curiosamente, nenhum Presidente yankee sofreu seus efeitos até hoje. Há
alguns que passaram raspando, como Richard Nixon (renunciou antes), ou Bill
Clinton, salvo pelo gongo de um voto no Senado. Além disso, é um processo
longo, tortuoso, que exige provas cabais e insofismáveis de desmandos
anticonstitucionais ou de contravenção pesada com os fundos públicos. Já vimos
este filme por aqui, no ano passado, mas Dilma Rousseff era barbada. Seus erros eram crassos, seu
carisma o de um quiabo, sua base de apoio um castelo de cartas. Donald Trump
tem um incontestável appeal para a
América Média, é rico o bastante para não ser tentando por propinodutos e
possui stamina para lutar até o fim
por seu mandato.
Assim, aqueles que apostam numa abreviação
de sua estada no Salão Oval, atenção... não vai ser fácil tornar Trump o
primeiro exemplo prático do impeachment
in America.
Quanto ao segundo, vai depender de
muitas horas de depoimentos, delações, premiadas ou não, contraditórios da
defesa, arrazoados de ministros, farta documentação garimpada aqui e lá fora.
Seu endereço poderá continuar a ser o atual, ou sua casa no Jardim Botânico,
onde usará adereços eletrônicos nos tornozelos.
“Quero passar tudo a limpo”, disse Eike Batista
ao embarcar de volta, no aeroporto de Nova Iorque. Apoiamos. Aliás, é por isto mesmo
que a maior operação policial anticorrupção do mundo se chama Lava Jato.
O povo brasileiro deseja que tudo fique
limpo. E rápido...
Oswaldo
Pereira
Fevereiro
2017
Caro amigo, muito bom e deverá ser assim mesmo. A propósito, gostei muito do carisma da Dilma: o seu carisma de um quiabo. Abraço
ResponderExcluirÉ claro que, depois de escrever, pedi desculpas ao quiabo...
ExcluirQuanto a acreditar que políticos ricos não são tentados por propinas, lembremo-nos de Paulo Maluf,Fernando Collor, e o próprio Eike. Dinheiro, para eles, nunca é demais...
ResponderExcluirBjs
Mas é que Donald tem mais dinheiro do que todos eles juntos. E também sabe que, em terras de Tio Sam, a cana é dura e não há"indultos" de Natal ou algo parecido...
ExcluirQuanto a acreditar que políticos ricos não são tentados por propinas, lembremo-nos de Paulo Maluf,Fernando Collor, e o próprio Eike. Dinheiro, para eles, nunca é demais...
ResponderExcluirBjs
Difícil acreditar que Trump foi eleito, mas agora o que fazer? Aguentar, americanos!!!Nós aguentamos tantos e tantos, só o Lula por tantos anos e ainda está certo que se elegerá. Se, não, a culpa será do MORO .Até no enterro da mulher ele culpou o Moro e pediu votos em nome dela!!!!!!!
ResponderExcluirLula provou mais uma vez que é a encarnação mais perfeita do político oportunista. Para estes, tudo é válido...
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