Reclama-se muito do mundo em que
vivemos. Desigualdades, ódios, conflitos, injustiças. Tudo de ruim parece
acontecer ao mesmo tempo e o planeta dá a impressão de estar prestes a fraccionar-se,
desmilinguir-se, liquefazer-se num caos inevitável. O futuro, em vez de
inspirar, assombra-nos como um caminho escuro, tortuoso, uma viela tenebrosa
cheia de perigos e ameaças.
Os mais velhos repetem, contritos e
convencidos de sua história, “no meu
tempo não era assim...”, “aquilo é que era viver bem...” e vários outros
etceteras.
Será mesmo?
Há exatos 100 anos, só nas trincheiras
da França, morriam 10.000 jovens por dia. Nos hospitais, morria ainda mais gente, vítima da gripe
espanhola. Milhões de refugiados vagavam sem rumo, numa Europa desfigurada.
Para estes, não havia comida, abrigo ou proteção. Nem futuro.
Há quase 90, uma profunda depressão
econômica destruía empregos em todo lado, condenando à miséria instantânea
camadas inteiras da população mundial. Com sonhos e vidas destroçados, levas e
mais levas de pessoas tinham uma só preocupação. Onde arranjar comida até a
noite.
Há 80, o mundo perdia novamente a cabeça
e repetia a carnificina da Primeira Grande Guerra. Começava a Segunda, maior,
mais abrangente, mais letal.
Há 70, os vencedores da hecatombe estranhavam-se
e, de posse de um brinquedinho atômico que poderia mandar desta para melhor
todos os habitantes da Terra, davam início a uma guerra que se dizia fria, mas
que também tinha o apelido de O Balanço
do Terror.
Estes são apenas alguns exemplos. O
Mundo é sempre o mesmo. E, por outro lado, nunca é o mesmo para todos. Na
verdade, o Mundo é um imenso livro, com bilhões de verbetes individuais. Cada
um tem sua própria grafia, sua acentuação particular, seu significado único. As
regras gramaticais aplicam-se de maneira diversa a cada um deles e as frases
que criam nunca serão iguais para todos.
O que eu quero dizer com esta filosofia
de botequim?
É que cada um faz o seu mundo. Por mais
que você reclame da vida no Facebook ou no Twitter, uma considerável porção do
que lhe está acontecendo neste momento tem como causa suas próprias decisões.
Somos o resultado das nossas opções, algumas tomadas lá na adolescência, outras
ontem no café da manhã. Você é sócio majoritário do seu destino. E do seu
Futuro...
Oswaldo
Pereira
Fevereiro
2017
Atualmente meu sentimento em relação ao bom senso é de que é apenas mais um desperdício. Por ex: no poder público. Não há retorno nem da lógica, nem da lei, nem do discernimento. Mas...vivem bem, os
ResponderExcluirnefelibatas. Alguns.
Bom senso é uma coisa rara, como os diamantes. Mas, há homens públicos que os têm de sobra, como o larápio Sérgio Cabral...
ExcluirTambém podemos ter o bom senso de não sair à rua durante o carnaval e mesmo fora dele estarmos sujeitos a assaltos e outras coisas. Nós estamos quase prisioneiros dos loucos que andam por aí. E, os homens públicos são muito responsáveis por esta situação.Difícil é poder tomar certas decisões .
ResponderExcluirTomar decisões não é fácil. Há sempre um ganho e uma perda. Se a soma dos dois for positiva, ótima. Se não...
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