Um dos alvos preferenciais
de quem defende a Presidente Dilma, ou o ex-Presidente Lula, tem sido a Rede
Globo. Segundo essas pessoas, o complexo jornalístico que reúne o jornal, as
revistas e o conglomerado de emissoras televisivas tem como política torcer o
conteúdo das notícias, tendenciando a informação que veicula para o público em
favor das correntes contrárias ao Governo.
Este assunto não é novo.
Desde que foi fundado, nos idos da década de 1920 por Irineu Marinho, o jornal
O GLOBO sempre foi identificado com o ideário da direita, ou com sua predileção pelos Estados Unidos e seu regime
capitalista. No tempo em que a cena política brasileira era claramente definida
e polarizada por três partidos, UDN, PTB e PSD, o jornal alinhava-se espontaneamente
com o primeiro. Ninguém via nada de errado nisto. As empresas jornalísticas
eram empresas privadas e seguiam normalmente a linha editorial do grupo que a
comandava. Cada leitor escolhia livremente, e de acordo com sua convicção
política, o informativo diário que iria ler.
Em meados do século passado,
no momento da grande expansão das empresas jornalísticas nacionais com o
advento da televisão, Roberto Marinho, filho e sucessor de Irineu, manteve uma
associação com o Grupo TIME-LIFE americano. Isto, evidentemente, reforçou a
imagem de filiação d’O GLOBO e sua crescente família de emissoras com o Imperialismo Yankee, conforme rotulavam
as correntes esquerdistas brasileiras. O alinhamento posterior com o Regime
Militar sedimentou ainda mais este conceito.
Minha pergunta é: e daí?
Ninguém é obrigado a ler o
jornal, ou a assistir o canal de TV que não quer. Que, segundo sua opinião
pessoal, não lhe disponibilize a imparcialidade que exige. Ou que não lhe
ofereça o que gosta de ver e ouvir. Preferências e gostos não se discutem e o
meio editorial do Brasil é pródigo em opções de órgãos informativos. É só
escolher. Está tudo ao alcance de um clique, de uma leve pressão nos botões de
seu controle remoto.
De qualquer maneira,
atualmente a informação não é mais monopólio de ninguém. A popularização da
internet e, especialmente, a exponencial difusão das redes sociais
transformaram a maneira pela qual a Notícia chega até nós, de como a
processamos e a retransmitimos. De como a entendemos e a aceitamos.
Ficar debitando à Rede Globo
as desventuras do Governo é muita ingenuidade. E perda de tempo. Em dias de TV a cabo e Facebook, não serão o Jornal Nacional ou a novela da nove que irão
conquistar corações e mentes.
Oswaldo Pereira
Maio 2016
Certíssimo caro Osvaldo, assista a Globo quem quiser e se não gosta vá de
ResponderExcluirBandeirantes, SBT ou qualquer outra. Anos atrás, a Rede Globo conduzia os hábitos dos brasileiros, chegando ao ponto de encontros serem marcados para antes ou depois do Jornal Nacional. Mas isto mudou e hoje o acesso as noticias é diferente. Abraço do Thomaz.
Hoje dependemos de outras fontes para formar juízo. Foi só o WhatsApp ser suspenso, e milhões de pessoas ficaram órfãs...
ExcluirRealmente Osvaldo, o bloqueio do WhatsApp deixou milhões de usuários na bronca, inclusive seu amigo, que adoro as mensagens e acho que jamais um Juiz (de Lagarto/SE) foi tão criticado. Cada um na sua... Abraço do Thomaz.
ExcluirSim. É culpa da Rede Globo sim. Anos e anos de informação e entretenimento pasteurizado. Recentemente ao trocar os móveis de lugar, o televisor escorregou e espatifou-se no chão, sem chances de recuperação. Respirei fundo e pensei. Graças a Deus! Estou livre dessa geringonça. Jamais comprarei outra. De lá pra cá li mais de 50 livros. Todos admiráveis. Assim é. Il y a des "malheurs"qui vient pour le bien.
ResponderExcluirViu? Há sempre uma alternativa à Globo...
ExcluirIsso,isso,isso,isso,isso,isso. Como diria o Chaves, ícone televisivo!rs
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá Oswaldo.
ResponderExcluirEu quase não vejo TV. Somente assisto filmes escolhidos quando posso..
Gosto de ler os editorias do jornal O Globo pois há comentários interessantes.
O importante que temos varias opções à escolher a "palavra escrita" por exemplo.
Abraços
Emilio Telleria
Obrigado, caro Almirante. Eu também só vejo os noticiários (da Globo e das outras emissoras). E não consigo ver grandes diferenças entre eles. O problema não está na Imprensa e sim no viciado sistema político que temos.
ExcluirCaro Oswaldo,
ResponderExcluirNão se trata de influenciar, a você, a mim, ou às pessoas de alguma cultura. O objetivo é o povão menos iletrado, esse sim, apreciador das novelas e crédulo ingênuo. Se observar bem, as notícias são tendenciosas e manipuladas de acordo com a conveniência. Procurarei, a partir de hoje, anotar algumas delas para lhe mostrar. Aí você fala: E daí? E daí que forma a opinião pública, cria tendências e manobra a "carneirada" para os objetivos pretendidos. Isso é para se ignorado?
Uma das maiores manipulações que presenciei foi a farsa dos "caras pintadas" no impeachment do Collor. Era um número reduzido de estudantes secundários, sem nenhuma representação política, que se manisfestou, mas a TV Globo, mostrou-os como se fossem o levantamento de uma Nação conta o presidente. Suspeitíssimas, também foram as cenas de depredação protagonizadas pelos chamados "black-bloks" durante as manifestações em protesto à corrupção política e tudo que acontecia no país. A TV estava sempre lá; quanto à polícia... Conseguiram com isso amedrontar os manifestantes e os protestos cessaram. Viu o poder!
ResponderExcluirPelo menos neste ponto, caro Sérgio, eu concordo com você. Em 1989, a GLOBO "fez" o Collor. E em 1991, o "desfez". Mas, isso foi há 25 anos atrás, uma geração portanto. Hoje, o mundo está diferente, principalmente no tocante à comunicação de massa. Os mais jovens recebem sua ração de notícias pelas redes sociais. A pasteurização das novelas não convence mais ninguém, nem mesmo os mais ingênuos. E, quanto ao jornalismo, tenho assistido outros canais e a única diferença que noto é que o JN tem se preocupado em divulgar, logo após uma denúncia, a posição do denunciado. Chato, mas é a única que faz isto. A situação desastrosa a que o Giverno Dilma empurrou o país é um fato insofismável. Nem os maiores noveleiros da GLOBO seriam capazes de criar este monstro.
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