Atenção, meus caros
amigos. O afastamento de Dilma na próxima quarta-feira NÃO é o fim do processo de impeachment. Pelo contrário. É apenas o
seu começo. Durante o andamento do assunto no Senado Federal, muita coisa pode acontecer.
O prazo máximo da
suspensão do mandato da Presidente é de 180 dias. No caso do Collor, a coisa
foi resolvida na metade do tempo.
Mas Dilma não é Collor,
o PT não é o PRN de Alagoas. E Temer não é Itamar. O cenário é totalmente
diverso, as forças políticas são outras, o ardor da militância que acompanha e
defende o atual Governo inexistia em 1992. No final, Fernando Collor estava absolutamente
sozinho. Dilma não está.
E, não se enganem. O
desenrolar do processo será uma batalha longa e cruenta. Se usar todo o prazo
constitucional, serão seis meses de um espetáculo diário de provas e
contraprovas, acusações e defesas, palavrórios e contraditórios, tecnicalidades
jurídicas e filigranas processuais, à exaustão. Estamos falando de um show que
poderá chegar até novembro. Teremos estômago? E o País? Terá saúde?
E, mesmo não sendo
parte integrante da discussão que se travará no Senado, a performance do Governo Temer deverá exercer uma poderosa influência
nos humores dos parlamentares. E na opinião pública.
E o Governo Temer,
bem...
Na minha modesta
opinião, já começou mal. O vergonhoso recuo na eliminação do número de
ministérios, abatida por um tomaladacá que
cheira a ranço, a sanha dos partidos por cargos e sinecuras, as idas e vindas
do leilão partidário, em que ministeriáveis de competência duvidosa afloram de
um pântano de conchavos são péssimos sinais. Para uma Administração que
prometia virar o jogo sem ter o luxo de cometer erros, a receita certamente não
é essa.
E se você ainda achava
que Deus era brasileiro, que tal Waldir Maranhão na Presidência da Câmara dos
Deputados?...
Assim, tudo pode
acontecer neste próximo semestre. A única coisa que não poderia suceder era o
Brasil continuar estagnado, imóvel, enredado num novelo político sem
precedentes.
Oswaldo Pereira
Maio 2016
Caro Osvaldo, o que não poderia acontecer, já começou: o Deputado Waldir Maranhão anulou a decisão do impeachment da Presidente Dilma: mais alguns meses de parada forçada no Brasil. O que fazer? Abraço do Thomaz.
ResponderExcluirPelas últimas notícias, o "macho man" de Alagoas, Renan Calheiros, resolveu peitar o maranhense e seguir como o andor. Pelo menos isso...
ExcluirAmigo, seus temores já aconteceram a 48 horas da decisão....
ResponderExcluirAgora parece que o Senado vai ignorar o Maranhão (o deputado, não o Estado...) Mas, em Pindorama nada é definitivo...
ExcluirSabemos que não queremos a Dilma, sabemos que não queremos o PT mas não sentimos nenhum entusiasmo por um Governo Temer.......e este momento é angustiante.......
ResponderExcluirAngustiante para um País inteiro à espera de urgentes reformas...
ExcluirMeu caro Oswaldo
ResponderExcluirLamentável, realmente, o inicio de um provável governo Temer. Mas o que esperar de um partido essencialmente fisiológico?
E o resultado da fisiologia é sempre o mesmo. Só mudam as moscas...
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