Não
sei como os livros (digitais, claro) do futuro irão se referir a 2022. Mas, só
com muita boa vontade um historiador, consultando os arquivos em seu computador
de bordo a caminho de umas férias em Marte, poderá anotar algo de positivo
sobre este ano que acabou de findar.
Talvez, o suspiro de alívio de toda a humanidade pelo fim da pandemia. As janelas foram novamente abertas, os rostos voltaram a exibir os sorrisos que as máscaras ocultavam, os parques encheram-se de crianças e de velhos, a vida voltou a pulsar.
Mas, em compensação...
Tivemos a guerra da Ucrânia, o Oscar do tapa, chuvas torrenciais, incêndios gigantescos, ciclones devastadores, temperaturas congelantes. E a Taça foi para Argentina.
Fizemos 200 anos em meio a uma desagregadora polarização política, a Terra contabilizou 8 bilhões de habitantes ainda às voltas com desigualdades cruéis, inflação e recessão grassaram em economias de primeiro mundo, perdemos um Rei, uma Rainha e um Papa.
Muita gente boa das nossas artes partiu. Jô, Erasmo, Gal, Boldrin, Elza, Milton, Jabôr, Rangel. Pablo Milanez, o gentil cubano, também. As telas de cinema ficaram menores sem Sidney Poitier, Olivia Newton-John, Angela Lansbury, William Hurt, Robbie Coltrane e tantos outros.
É... um ano com um numeral romano tão carismático (MMXXII) vai deixar no seu verbete um rosário de infortúnios. Talvez seja emblemático verificar que, em 2022, dois acontecimentos, um de ficção e o outro real, ligados às estrelas e ao infinito, nos fizeram pensar. O primeiro foi um filme que nos sugeria não olharmos para cima (Don´t Look Up); o outro foi o lançamento do super telescópio espacial James Webb, que nos revelou as imagens do começo do universo. Ambos escancararam nossa pequenez e nossa fragilidade.
Afinal, tudo passa...
Resta a consolação de que 2023 não precisará fazer muito esforço para ser melhor. Assim,
Oswaldo
Pereira
Janeiro
2023
Sei não Oswaldo. Para o Brasil não sei se 2023 conseguirá ser melhor. Quando um ladrão volta ao poder não se sabe o que esperar. Mas, vamos ser otimistas e torcer para que, sim, tenhamos um Feliz Ano Novo.
ResponderExcluirSim, vamos continuar esperando...
ExcluirAs fotografias que vi do assunto colocadas no Google mostram fenômenos nunca antes vistos por astrônomos, particularmente os resultados das interações entre as galáxias, como “caudas” de gás e explosões decorrentes da formação de estrelas, mas não falam em Imagens do Começo do Universo.
ResponderExcluirSe você tem esse material específico pode pode me enviar?
Abraços Zezé
Uma das primeiras fotos do Webb foi o de uma galáxia cuja luz levou 13 bilhões de anos para chegar até nós, segundo os astrônomos "apenas" 180 milhões de anos após o "big boom", ou seja, a explosão que deu início ao universo. Vi isto no Google.
ExcluirMinha impressão é que tudo irá piorar com o projeto PT Zezé
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