Deu no New York Times.
“Poucas
instituições se dão ao luxo de devotar milhares de acres de jardins, montes e
campos a nada além da arte, e instalar a arte ali para sempre”.
Estados Unidos, Europa, Japão? No! O celebrado jornal estava tecendo
loas a um extraordinário lugar, situado a 90 quilômetros de Belo Horizonte,
mesmo aqui, em Minas, chamado Inhotim.
O nome já é uma história. O que hoje é um
fantástico jardim salpicado de arte contemporânea fazia parte da fazenda de uma
grande mineradora, cujo capataz era um inglês conhecido como Mr. Timothy. Os
mineiros logo o traduziram para Senhor
Tim e depois preguiçosamente o abreviaram para Nhô Tim...
Em 2003, um rico visionário chamado Bernardo Paz,
casado com a artista plástica Adriana Varejão, comprou a propriedade e decidiu
transferir para lá a sua fabulosa coleção modernista. Apaixonado por arte, e
mais ainda pela natureza, resolveu unir as duas coisas numa simbiose inédita e
harmônica, em que ambas se entrelaçam num delicado abraço e repousam num
encantador paisagismo de mata atlântica, espelhos d’água e sinuosas alamedas
ladeadas por 98 imensos bancos de madeira, peças únicas de troncos gigantescos, construídos
por Hugo França.
BANCOS DE HUGO FRANÇA |
Em cerca de 100 hectares, 4.500 espécies de cultivo, entre elas mais de 1.500 tipos de palmeiras, convivem em doce aconchego com quase 500 trabalhos de um conceituado time de artistas cujo cartel lhes franquia as portas de qualquer museu do planeta. Além da Varejão, lá estão Tunga, Cildo Meireles, Amílcar de Castro, Paul McCarthy, Waltercio Caldas, Doug Aitken, Lygia Pape, Zhang Huan, Chris Burden e muitos, muitos outros.
"RODOVIÁRIA DE BRUMADINHO" JOHN AHEARN&RIGOBERTO TORRES |
A influência do empreendimento na região,
principalmente na cidade Brumadinho, é evidente. O parque emprega hoje mais de
1.000 pessoas, na maioria jovens, o que o torna o segundo maior contratador de
mão de obra direta do lugar (só perde para a Vale do Rio Doce). Indiretamente,
seu efeito ainda é maior e está começando a impulsionar uma hotelaria ainda
insuficiente e serviços de turismo em franco desenvolvimento.
Uma ideia em plena florada. É isto que sentimos ao
visitar Inhotim. Há muito para expandir. Mais e mais, a magia de um museu a céu
aberto atrai o talento de centenas de artistas e o número de visitantes, estimado
este ano em cerca de 400.000, não para de crescer. O menino que fugiu da
escola, trabalhou como frentista nos postos de gasolina do pai, foi parar na
Bolsa de Valores, e acabou comandando um conglomerado de empresas de siderurgia
e mineradoras, acredita firmemente nisto. Bernardo Paz, com seus sessenta e tal
anos e longos cabelos brancos, afirma com convicção.
“Inhotim é um projeto para durar mil anos”
Julho
2015
Caro Osvaldo, só você mesmo para me esclarecer a origem do nome deste lugar maravilhoso. Quando você esteve por aqui? Abraço do Thomaz
ResponderExcluirGrande Thomaz, estive aí na semana passada. Três dias em Inhotim e um em Ouro Preto. Em BH, só de passagem em Confins. Tive só tempo de comer uma deliciosa comida mineira no Villa Rural, com direito a uma cachacinha e torresmos de revirar os olhos... Abração
ResponderExcluirNovamente sumiu o comentário. Não adinata toda a tecnologia e nao conseguirmos publicar o que ecrevemos.Cliquei primeiro em VISUALIZAR e depois em PUBICAR.
ResponderExcluirOswaldo , o Google poderia dar informação como devemos fazer......