terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013





Algumas horas mais e 2013 se transformará numa cápsula do tempo, fechado em si mesmo, seus trezentos e sessenta e cinco dias contabilizados num marco único, um registro para a eternidade. Aí, passará a ser referência, um grande ontem imutável, uma simples agenda de efemérides passadas. Para uns terá significado nascimento, para outros, morte. Terá servido de encruzilhada, de céu ou cemitério de propósitos, de promessas que alçaram voo e de outras que se diluíram no imponderável da sorte. Um ano que reinou no fervilhar de bilhões de dramas individuais, estórias de sucesso, mergulhos no desespero, paixões, desânimos, vitórias e derrotas.

É tudo uma simples convenção, claro. A natureza desconhece a folhinha, não está nem aí para calendários gregorianos, chineses ou judeus. Para ela, a contagem não faz sentido, seja 2013, 4710 ou 5774. Ela apenas faz o que o girar desta esfera em torno de outra incandescente lhe permite. Repetir as estações. Espalhar ventos e nuvens. E deixar os dias sucederem às noites sem marcação nem apontamentos. Esta gerência, ela deixa para nós, humanos, preocupados com coisas mundanas como presente, passado e futuro.

E, em função dessa necessidade atávica de contar, acabamos por reverenciar a combinação global de festejar o término de um ano e o começo de outro, de fecharmos para balanço à meia-noite de 31 de dezembro e, logo no minuto um de janeiro, abrirmos de novo o livro-caixa.

E o que nos mostra a contabilidade de 2013?

FEVEREIRO/JUNHO - RENUNCIA E ELEIÇÃO 


Para mim, a sua marca mais visível terá sido a circunstância da ascensão ao trono de São Pedro do Cardeal Bergoglio. Sucessão papal não é coisa que aconteça com frequência, mas renúncia no Vaticano é história raríssima. A última ocorreu em 1415, tornando-se a referência principal daquele ano. É bem provável que, daqui a 600 anos, o nosso 2013 seja lembrado só por isto.

Mas a proximidade histórica nos lembra muito mais.

DEZEMBRO - MORRE UM HERÓI


A morte de Nelson Mandela, a bisbilhotice de Edward Snowden, o meteoro que caiu na Rússia, o shutdown financeiro nos Estados Unidos. No Brasil, as manifestações de rua, o julgamento do Mensalão. Coisas que irão para os livros e para os arquivos digitais.


MAIO- SNOWDEN LEVANTA O VÉU
JUNHO - JULGAMENTO PARA A HISTÓRIA


















JUNHO - POVO NAS RUAS


Daqui a pouco, o novo ano se levantará no meio do Pacífico, na Linha Internacional do Tempo, e começará a correr pelo mundo. A cada fuso horário, será recebido com fogos, preces, promessas e pedidos. Vamos tentar crer, nem que seja só um pouquinho, que ele traz o poder de transformar o mau em bom e o bom em melhor, que ele carrega a magia da felicidade, individual e planetária, e a distribuirá, pródigo, em todos os lugares. Foi a mesma coisa que fizemos quando 2013 nasceu. Pode não ter dado inteiramente certo, mas valeu a pena acreditar, não?

Então, Feliz 2014!


Oswaldo Pereira
Dezembro 2013


4 comentários:

  1. Espetáculo,seu Oswaldo!
    Grande abraço!
    E muito 5S's pra você!!
    Sucesso Sossego Sorte Saúde e Saravá!!!

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  2. Caro Primo,

    Foi com chave de ouro que você fez este encerramento de 2013 e, já inauguração de 2014, deste seu canal de comunicação.
    Aproveito para desejar para você e para os seus, um Feliz Ano Novo!
    Abraços,

    Geraldo

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  3. É, Oswaldo, desejando sempre o bem e sendo dia primeiro de janeiro o dia que todos no mundo, fazem isso, crescem as possibilidades de acontecer o bem.
    Você desejou e todos os que o leram desejaram também e isso é uma força.
    Meus votos de felicidade, saúde, paz, realizaçoes estejam presentes em sua família.

    Abraço amigo,
    Cleusa.






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  4. Caro Oswaldo, que essa rotina de contagem do tempo traga pelo menos um momento de maior reflexão para a humanidade.
    Para você e família um 2014 cheio de muita paz e muitos escritos.
    Grande abraço
    Zé Correa

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