domingo, 20 de novembro de 2022

BOND 60 (38): TOMORROW NEVER DIES (PARTE II)

 


Tomorrow Never Dies foi o primeiro filme de Bond, desde Goldfinger, que não ocupou o topo da lista das bilheterias na semana de seu lançamento. Também, pudera. A concorrência era, nada mais nada menos, que Titanic, estreado ao mesmo tempo. De qualquer maneira, o décimo oitavo capítulo da série abiscoitou, até hoje, US$ 333 milhões.

Lançado na esteira de sucesso no seu predecessor, Goldeneye, a produção confirmou a aceitação de Pierce Brosnan como 007. O canadense Roger Spotswood substituiu Martin Campbell, que declinou o convite de Barbara Broccoli por estar dirigindo The Mask of Zorro, na direção. Não decepcionou, procurando manter a pegada com boas cenas de ação.

Para representar o vilão da história, inspirado, segundo o seu próprio autor Bruce Feirstein, no controverso magnata da comunicação Robert Maxwell, a escolha caiu inicialmente em Anthony Hopkins. Hopkins, entretanto, estava também comprometido com The Mask of Zorro e o convite foi feito ao excelente ator Jonathan Pryce.

Para fazer Paris, a mulher de Elliot Carver e ex-amante de Bond, Teri Hatcher (já famosa como Lois Lane, a namorada do Superman) suplantou Monica Bellucci. Já o papel da agente chinesa Wai Lin coube à malaia Michelle Yeoh. Judi Dench (“M”), Samantha Bond (Moneypenny) e Desmond Llewelyn (“Q”) mantiveram seus postos. Há ainda a aparição, em papéis menores, dos então iniciantes Gerard Butler (o futuro Leonidas em 300) e Hugh Bonneville (do recente Downton Abby).

O lendário John Barry, que já abandonara a série por problemas de saúde, indicou o britânico David Arnold para a compor a trilha sonora. Arnold ficaria por mais cinco Bonds. A canção-título foi composta e gravada por Sheryl Crow. Se quiser ouvi-la, é só clicar neste  LINK  .

A crítica teve altos e baixos e análises diametralmente opostas. Atualmente, a sensação entre os aficionados é de que Tomorrow Never Dies foi um pouco de “mais do mesmo”, carecendo algo que o pudesse distinguir como renovador ou intrigante.

Um último detalhe: segundo Feirstein, o criador da história que serviu de base ao roteiro, seu título foi inspirado pela música dos Beatles, “Tomorrow Never Knows”, do álbum Revolver. Além disso, o nome original era Tomorrow Never Lies (O Amanhã Nunca Mente) mas, num erro de datilografia, Lies virou Dies. Como os produtores optaram pela versão errada, o nome ficou.

(continua)

Oswaldo Pereira
Novembro 2022

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