A gigante Home Box Office, mais conhecida como HBO, já iniciou as gravações
da quinta temporada de seu maior sucesso nos recentes tempos – a série Game of Thrones (A Guerra dos Tronos).
Produzida por David Benioff e D. B. Weiss, a trama baseia-se com extrema
fidelidade na bela obra literária A Song
of Ice and Fire, traduzida no Brasil com o título de “As Crônicas de Gelo e
Fogo”, escrita por George R. R. Martin, um americano de Nova Jérsei. Martin,
que na infância foi um leitor voraz de histórias em quadrinhos (possui hoje uma
das maiores coleções da “Fase Prata” dos comics), formou-se em jornalismo, antes de
começar a escrever contos de ficção científica, terror e fantasia na década de
1970, assim como roteiros para TV a partir daí. Ele, que também co-produz a
série, já escreveu cinco livros das “Crônicas”, de um total de sete, todos
respeitáveis volumes de quase mil páginas. Os quatro primeiros serviram de base
para as temporadas já levadas ao ar com retumbante aceitação, tanto pela
crítica como pelo público. Os últimos 10 capítulos, transmitidos entre abril e
junho deste ano, atraíram uma audiência média, só nos Estados Unidos, de 7,1
milhões de espectadores.
São vários os fatores que fazem de Game
of Thrones o grande sucesso que é. Para começar, a própria história em si,
um emaranhado de conflitos humanos e políticos que tece uma tapeçaria
intrincada de dramas pessoais e sociais, tendo como pano de fundo um mundo
mítico ambientado num período medieval que tem milhares de anos de existência.
No seu lançamento, em abril de 2011, a série foi inclusive rotulada, para
efeitos de propaganda, de “os Sopranos da
Terra Média”. Depois, a plástica visual, que soma uma direção de arte de ricos
detalhes à escolha de deslumbrantes lugares para servirem de locação (as cenas
têm sido filmadas em regiões de fantástica beleza na Irlanda do Norte, em
Malta, na Croácia e na Islândia; a quinta temporada está sendo rodada no sul da
Espanha).
Por fim, o cast. Como resultado
de uma primorosa seleção, reunindo artistas antes quase desconhecidos a alguns
nomes já mais tarimbados, a simbiose dos personagens da tela com seus
correspondentes nos livros é perfeita (destaque para o ator Peter Dinklage, que representa uma das
figuras mais proeminentes da trama – o príncipe anão Tyrion Lannister). E,
especialmente para bondmaníacos como
eu, é um prazer reconhecer, debaixo de suas caracterizações, alguns velhos
conhecidos.
O primeiro é Charles Dance que,
além de ter trabalhado (num papel secundário) em For Your Eyes Only (Somente Para Seus Olhos), encarnou o escritor
Ian Fleming na produção para TV Goldeneye
(O Espião de Ouro). Outro é Sean Bean,
o Agente 006 Alec Trevelyan, colega e depois inimigo de Bond, no filme Goldeneye.
Mas, a maior revelação foi tão inesperada quanto agradável. Uma das
inúmeras famílias que contendem pelo poder em Game of Thrones é capitaneada por uma simpática e ardilosa vovó
chamada Olenna Tyrell. Sua atuação é
ótima, a ponto de a atriz que a representa ter sido nomeada para o Emmy 2014, que acontece amanhã em Los
Angeles. E ela é, nada mais, nada menos, que a inesquecível Diana
Rigg, ícone da história bondiana como Teresa Bond, a única mulher a se casar com o Agente, no antológico On Her Majesty Secret Service (007 A
Serviço Secreto de Sua Majestade, 1969).
DIANA RIGG COMO OLENNA TYRELL (2014) |
DIANNA RIGG COMO TERESA BOND (1969) |
Foi difícil reconhecê-la. Coisas da ação do tempo...
Oswaldo Pereira
Agosto 2014
Nossa, que espetáculo sua pesquisa!!! Eu amava Olenna Tyrrel, e agora ainda mais!!!
ResponderExcluirVamos ver o que esta charmosa vovó vai aprontar na GOT7...
ExcluirSe fosse possível eu adoraria ser amiga de Olenna Tyrrell... Ela é fantástica ... uma sabedoria incrível !!!
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